Da ilha da Madeira

Estive muito recentemente a passar uns dias pela Ilha da Madeira.
No fundo, colei-me a um amigo da faculdade que iria até lá com dois amigos para se encontrarem com uma amiga nossa que trabalha lá desde Janeiro.

Nunca tinha visitado esta ilha, não por falta de dinheiro ou de tempo mas mais por falta de oportunidade. E nada melhor que aproveitarmos a hospitalidade de quem lá vive para nos apresentar o que a Madeira tem e que poucos ou ninguém sabe.

Coisas que amei na Madeira:
1. A comida. Eu adoro comer. Provei pela primeira vez milho frito e milho cozido.E comi atum fresquinho, coisa que até então só tinha comido ou congelado ou enlatado. Amei a espetada, o bolo de caco com vinha d'alho, as sandes de espada e de atum.

2. A bebida. Pochas, Nikitas, cerveja Coral, Brisas Maracujá, Laranjada... Tudo muito delicioso, quase sempre acompanhado por amendoins. O meu nível de alcool esteve ligeiramente elevado durante estes dias, o que me vai obrigar a uma dieta hipocalórica e bastante desintoxicante porque não quero uma figadeira a poucos dias no Natal.

3. A variedade exótica das frutas. Banana maçã, banana pão, banana maracujá, banana ananás. Muita banana. Muita variedade de maracujá. Muita variedade de tudo

4. Os preços. A Madeira é a meu ver, ridiculamente barata, sendo ela zona de turismo.

5. A qualidade das estradas. Muitos túneis, estradas sem qualquer buraco nem grandes curvas perigosas, verdadeiras autoestradas pelas montanhas.

6. O clima: Funchal é quente, a região de Santana é mais frescota. Adoro isso.  

7. As novas amizades que criei. O meu facebook foi um regabofe de novos amigos adicionados durante estas miniférias. Os amigos dos amigos, os pais dos amigos madeirenses que querem passar uns dias na minha casa perto dos Passadiços do Paiva, o ex participante do BigBrother, os dois turistas da Nova Zelândia, que são surfistas e arquitectos de profissão, que me tentaram embebedar no concerto do Toy, as duas madeirenses que também conheci no mesmo concerto que me trataram como uma estrela quando me reconheceram como uma participante assídua em alguns grupos no facebook a quem prometi enviar alguns produtos de maquilhagem que não preciso. 
Conheci também uma colega de profissão, algarvia, em que quando eu comentei que teria dificuldade em viver numa ilha por causa do acesso restrito a marcas de maquilhagem, por exemplo, ela perguntou-me se era eventualmente preconceituosa com marcas Made In China, já que ela era fã do Aliexpress, ao qual eu neguei como também referi que escrevia neste blog para dar reviews desses produtos. Os olhinhos dela brilharam, e claro, praticamente o nosso tema de conversa sobre as paletas que compramos, as que gostamos e odiamos. Achei mesmo piada a tal facto, porque era notório que a mala dela era uma Vuiton verdadeira e calçava umas Balenciaga, e mesmo assim falava em paletas Focallure. Foi ali que nasceu uma nova amizade e quiça uma nova colaboradora para este blog.  Malta mesmo porreira. 

8. Os familiares que reencontrei. Estava eu a passear com um amigo meu no centro do Funchal, amigo esse que tem um apelido hilariante, quando passamos junto a uma clínica dentária. O meu amigo comentou comigo que o apelido de um daqueles dentistas cujo nome estava afixado na porta, era ainda mais hilariante que o apelido dele. E eu reparo que o apelido daquele dentista, era o apelido de família do meu avô, o nome do clã da família paterna, isto é da clã dos C..  Sim, o dentista é meu primo em 3º grau e apesar de sermos amigos no facebook há muitos anos (tenho praticamente toda a malta da aldeia do meu avô no meu facebook, tal o carinho que tenho por essas pessoas), já não nos víamos há quase 20 anos e nem sequer tinha ideia que ele se tinha mudado para as ilhas. E quando ele viu as fotos do Funchal, não hesitou a entrar em contacto comigo. Foi assim que o reencontrei e que conheci a família dele. 

9. O concerto do Toy. Não sou fã de pimbalhada nem música popular, mas o gajo sabe ser um excelente entretainer. Sim, sim, estava moderadamente ébria. 

10. As paisagens. Madeira é linda e pronto.


O que não gostei:

1. A estátua do CR7. Não tem absolutamente nada a ver com o rapaz.

2. A desconfiança das pessoas. Chovia imenso e corri para uma loja tipo bazar no Funchal para comprar um guarda-chuva. Depois de ter pegado num, resolvi dar umas voltas na loja para ver se queria comprar mais alguma coisa. Uma das funcionárias veio a correr atrás de mim, e pede-me para o pagar de imediato porque não posso andar com ele dentro da loja. Perguntei-lhe de chofre se tinha ar de ladra de guarda-chuvas. A funcionária recuou um bocado e pede-me de novo para o pagar. Deixei-o no mesmo local onde estavam outros guarda-chuvas e saí da loja fod possessa da vida. Em conversa com a minha colega que vive lá, aparentemente, ser desconfiado é algo típico na cabecinha daquela gente. 

3. A tentativa de tentarem enganar os clientes no Mercado dos Lavradores. Apesar de eu avisar sempre que era tão portuguesa quanto eles, tentaram por diversas vezes impingir fruta a preço de turista ignorante. Estamos a falar em pedir 25€/Kg, certo tipo de maracujás ou  bananas que nas barracas ao lado estavam a 10€/Kg. Not nice

4. O excesso de turismo. Turismo do reumático, mais propriamente. Velhos, velhinhos e velhotes  gringos saídos dos cruzeiros a deambular devagarinho pelas ruas do Funchal. Não há muitos aqueles turistas hot para alegrar as vistas. Tudo avozinho.  Eu e os meus colegas fomos a um restaurante todo chique e a nossa pinta de portugueses pobres não estava a deixar os funcionários lá muito satisfeitos. Como nós os sete vivemos uma parte da nossa vida no leste, começamos a conversar em checo o suficiente para que algum funcionário nos viesse atender com a maior das simpatias ao qual apartir daí começamos a falar em bom português. Aprendi este truque no Algarve. Não falha. 


Espero que muito em breve volte ao Funchal e que possa levar a minha mãe e o meu partner. Infelizmente nenhum dos dois pôde ir, porque deixaram as férias mais para a altura do Natal. Vale a pena conhecer a Madeira. Oh se vale :)


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