Entre tachos e panelas

Quem me conhece, sabe que da fama não me livro de pelo menos duas coisas: de saber apreciar uma boa comida e de saber confeccioná-la.  

Para mim, a Culinária é das maiores artes que uma pessoa pode aprender. Podemos não saber desenhar, pintar, cantar e nós compreendemos essa  falta de jeito. Não saber cozinhar ou não gostar de cozinhar é para mim imperdoável.

Aprendi praticamente tudo com a minha mãe, que apesar de ser uma cozinheira de mão cheia, é uma cozinheira um bocadinho básica: sabe lidar com certo tipo de alimentos e that's all. Todos esses conhecimentos foram igualmente aprendidos pelas cozinheiras da casa dos seus pais e avós que também podiam ser as melhores fazedoras de feijoada, mas se calhar eram incapazes de fazer um empadão. 

E foi aí que A Gaja entrou na cozinha de casa. O facto de A Gaja ser uma pessoa mais mundana que a própria mãe, permitiu contactar com ingredientes que nunca tinham entrado em casa até então. Falo de ingredientes como o gengibre, o abacate, a lentilha, o leite de coco, a mandioca, a rúcula e legumes chineses; especiarias como a noz moscada, açafrão e o cravinho; ervas aromáticas como o tomilho, o alecrim, os oregãos, as ervas provençais. 
Novos cheiros, novos sabores e novas texturas aprendidas no leste da Europa, no Médio Oriente ou até mesmo em Espanha quer pelas receitas e produtos locais, quer pelo contacto com pessoas de países mais exóticos que ensinaram um pouco da sua culinária, foram rapidamente introduzidos na cozinha cá de casa. Essa introdução desses alimentos causam uma grande nostalgia desses tempos que não foram assim há tanto tempo, mas que nos aquece a alma e abre a cabeça a boas memórias. Memórias de mesas cheias de produtos de outros países, de uma interculturalidade imensa.  E essa introdução de novos ingredientes fez com que a fama de ser uma excelente cozinheira fosse maior pela irreverência em tudo que cozinho.

E esta semana, a cozinha d'A GAJA recebeu mais um novo apetrecho: um robot de cozinha da Monsieur Cusine Plus da marca SilverCrest que se pode comprar perfeitamente no LIDL.

Em 2009 a nossa cozinha tinha uma Bimby mas por falta de tempo e falta de vontade, mofou no armário durante um bom tempo até a termos vendido praticamente nova. E nunca mais pensamos em comprar outro robot de cozinha até ter começado a ler excelentes reviews do aparelho da SilverCrest que é muiiiito mais barato que a Bimby e que aparentemente é tão ou mais eficaz quanto ela. 
Comprei então este robot na semana passada no LIDL cá da minha terriola por 225€.
Ao contrário da maioria dos electrodomésticos que só têm garantia de 2 anos, a SilverCrest propõe garantia de 3 anos. Muito bom. 

Em Portugal não existe muito sururu sobre esta máquina. Em Espanha está a ser um robot com bastante êxito onde já nasceram blogs e grupos de facebook dedicados à marca. Muitas das receitas da Bimby são compatíveis com a Monsieur Cuisine, outras nem por isso, é mesmo uma questão de testar. 

A minha review aos poucos e poucos está a ser feita, mas para já estou bastante satisfeita com ela. Estou para já a familiarizar-me com a máquina, com algumas receitas que pesquisei. 
A primeira receita que fiz foi uma empanada galega que ficou óptima (não ficou excelente porque poupei na gordura para fazer a massa da empanada), o peixe ao vapor que preparei ficou excelente. 

Este Natal vou distribuir pelos mais velhos da família uma garrafinhas de licor de café e licor de chocolate feito no robot (porque oferecer bombons é tãaaaao cliché). E apesar de bombons serem uma coisinha muito cliché, tenho já comprados alguns ingredientes para fazer os meus bombons caseiros que deverei distribuir pelos amigos no Bananeiro.

Penso que encontrei nesta máquina uma boa aliada para poupar tempo e evitar sujar tanto a cozinha quando confecciono os alimentos.
Estou agradavelmente contente com o investimento e desafio a quem possa a fazer o mesmo. 







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